quarta-feira, 9 de junho de 2021

PILARES DO TPM - MANUTENÇÃO AUTÔNOMA



O que é Manutenção Autônoma?

A manutenção autônoma é fundamentada em capacitar a mão-de-obra envolvida na operação, para empregar técnicas simples de manutenção, criando uma cultura de cuidado pelas máquinas, de modo que possam detectar eventuais problemas futuros, os quais vão desde limpeza e lubrificação até alguns ajustes e regulagens de máquinas mais específicas. Em resumo, seria uma manutenção baseada na confiabilidade.

Quais os principais objetivos da Manutenção Autônoma?

Os principais objetivos são eliminar fontes de falhas gerando iniciativas no colaborador, proporcionando a ele liberdade para auto gerenciar a produção, ou seja, criar um perfil de zelo pelo equipamento, como um sentimento de propriedade.

Qual a sua relação com o TPM?

A Manutenção Produtiva Total (TPM - Total Productive Maintenance), ou Gestão da Performance Total (TPM - Total Performance Management) - para maiores informações, leiam nossos artigos CONHECENDO O TPM - ALINHANDO CONCEITOS e EVOLUÇÃO DA ABRANGÊNCIA DO TPM -  visa o aumento da eficácia, além de alcançar a total potencialidade dos equipamentos, viabilizando um conjunto de atividades de gerenciamento dos mesmos.

Dentre os 8 pilares existentes no TPM, um deles é o de manutenção autônoma. Pela mudança de cultura necessária tendo o sucesso como objetivo, a manutenção autônoma é uma das principais responsáveis pela consolidação do TPM.

Sendo uma ferramenta de melhoria contínua dentro do universo do PDCA, o TPM está totalmente relacionado aos princípios do Lean Manufacturing, com foco na eliminação de desperdícios.

Passos para implantação da Manutenção Autônoma

O programa 5S é um pré-requisito fundamental e necessário, conhecido como a base do TPM, sendo o primeiro passo antes da implantação da manutenção autônoma. O programa 5S é uma metodologia japonesa baseada em 5 palavras chave, iniciadas com a letra “S’”, cujo objetivo final é organizar e promover resultados eficazes por meio de processos simplificados e bem estruturados. Em breve disponibilizaremos um artigo explicando o funcionamento do Programa 5S.

Implementação da manutenção autônoma:

1 - Limpeza Inicial

Nesse primeiro passo, de modo a gerar um maior conhecimento e zelo por parte do operador pela máquina, é necessário realizar uma limpeza e organização em todos os equipamentos e objetos que estão à vista. 

2 - Eliminar as fontes de sujeira e locais de difícil acesso

São realizadas ações que buscam a eliminação de fontes de sujeiras, cujo objetivo principal é diminuir a limpeza frequente. Também é necessário realizar uma limpeza nos equipamentos que não estão à vista. Caso seja verificada essa necessidade, pode-se buscar fazer alterações de layout, de modo a facilitar tanto operação quanto manutenção.

3 - Padrões de Limpeza e Inspeção

Nessa etapa são padronizados os processos de limpeza e inspeção. Esses padrões devem estar clara e detalhadamente escritos, além de disponibilizados em um local bem visível e próximo ao equipamento. Essa é uma forma de deixar bem claras para o operador as suas responsabilidades.

4 - Inspeção Geral

É a etapa em que o operador é capacitado. Consiste em 3 sub etapas: 

> treinamento teórico, 

> treinamento prático realizado no "chão de fábrica" 

> avaliação do conhecimento adquirido.

Caso seja aprovado no processo, o operador recebe a autonomia para realizar inspeções sem o auxílio da equipe de manutenção.

Tendo como objetivo principal a transmissão do conhecimento e habilidades detalhadas para o operador, o treinamento é preparado pela equipe de manutenção, supervisores e alta gerência.

5 - Inspeção Autônoma

Nessa etapa ocorre uma revisão detalhada de todos os procedimentos anteriores envolvendo máquina e operador. É possível implantar pontos de melhoria por meio da inspeção já realizada pelo operador. Assim sendo, os procedimentos definitivos dos equipamentos são elaborados.

6 - Organização e Ordem

A realização dessa etapa, é similar a etapa anterior, porém seu foco reside nos equipamentos ao redor, como bancada, ferramentas, iluminação e layout, ou seja, no processo. Dessa maneira, torna-se necessária também padronizar esses processos, a partir dos pontos de melhoria levantados pelo operador.

7 - Consolidação da Manutenção Autônoma

Estando o operador já em plenas condições de realizar a autogestão do equipamento, esse é o momento de consolidar a implantação da manutenção autônoma. Mas é sempre importante lembrar que é necessário incluir no seu trabalho diário, parte das atividades voltadas para melhoria contínua.

Também é muito importante frisar que essas etapas, só geram resultados quando são muito bem combinadas com alguns fatores fundamentais, a saber: 

> capacitação, envolvimento e treinamento do operador

> motivação e disposição da equipe para mudanças

> forte alinhamento e envolvimento entre operadores, manutenção e gestão

Sem essas características, não há como consolidar a manutenção autônoma.

Quais as vantagens da Manutenção Autônoma?

Seguindo a risca as orientações estabelecidas nos 7 passos para a implantação, já é possível aplicar a ferramenta no seu processo. Com isso, aproveitamos para apresentar algumas das principais vantagens da implementação da Manutenção Autônoma:

· Tratar de forma rápida e prática os possíveis defeitos ou falhas

· Maior preservação dos equipamentos

· Mudança cultural benéfica para empresa

· Maior segurança operacional

· Redução das perdas de velocidade.

Na próxima postagem, falaremos do pilar Melhoria Específica. Até lá! 

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