POR DENTRO DO SCRUM - FUNÇÕES ESSENCIAIS EM EQUIPES DE SCRUM

A estrutura do Scrum é leve, mas incrivelmente flexível, eficiente e poderosa. Porém, assim como um carro, a melhor estrutura não leva a lugar algum sem um motor potente. Em toda equipe de Scrum, existem duas funções essenciais: o Product Owner e o ScrumMaster. Vamos começar com o Product Owner, ou PO. 

O PO é o representante da empresa na equipe. Ele trabalha em período integral, todo dia, pois contribui para o produto final diariamente. Ele revisa todo o trabalho concluído pela equipe e o aceita ou pede alterações à equipe, para garantir que o máximo de valor seja entregue. Anteriormente, a empresa era representada por requisitos documentados que raramente eram atualizados. Em uma equipe de Scrum, o PO está sempre solicitando trabalho e garantindo que os membros entendam bem os detalhes da solicitação, mas a função dele vai além disso. Ele também interage diariamente com as partes interessadas. Para o PO, não basta interagir com a equipe. Ele também deve estar atento a todas as mudanças que ocorrem no contexto empresarial. Como resultado, o PO cuida da visão do produto. Ele define e gerencia a lista de tarefas pendentes e as prioriza. Lembre-se de que, no Scrum, o escopo é flexível. 

Como o tempo e os custos permanecem fixos, o PO sabe muito bem que o trabalho deve ser constantemente classificado, priorizando o de maior valor. Ele também pressiona para que a equipe conclua o máximo de trabalho possível em cada pequeno prazo de entrega. Mas como é possível que uma equipe atenda a essas demandas? Os fundadores do Scrum identificaram a necessidade de contrabalançar o papel do PO, criando a função do ScrumMaster. Ele protege a equipe e o processo. O ScrumMaster é o facilitador que mantém a equipe dentro dos limites de segurança do Scrum. Ele equilibra as demandas do PO conforme as necessidades da equipe. É a primeira válvula de segurança para garantir que o ritmo da equipe seja sustentável. Não queremos que ela fique esgotada antes de cruzar a linha de chegada. Veja que é uma declaração importante. 

O Scrum é uma estrutura que não valoriza atos de heroísmo, sejam individuais ou em equipe. Valoriza a sustentabilidade e o diálogo sobre o que pode ou não ser realizado. O ScrumMaster é o porta-voz de maior visibilidade da equipe. Ele valoriza a transparência. Cria gráficos e quadros para mostrar o progresso da equipe a qualquer curioso ou interessado. Ele também é a primeira pessoa a ser acionada quando algo atrapalha a equipe. O ScrumMaster trabalha para eliminar qualquer obstáculo até que a equipe possa continuar. Enquanto o PO se concentra no que precisa ser feito, o ScrumMaster se concentra em como a equipe faz o trabalho. Mais uma coisa. O ScrumMaster também responsabiliza a equipe pelos seus compromissos com o Product Owner. Ele aponta tendências no desempenho da equipe ao longo do tempo, ajudando-a a melhorar seus processos e práticas. Como podemos ver, cada função é essencial para que a estrutura funcione corretamente. Sem uma dessas funções, o Scrum torna-se muito menos eficaz do que trabalhando com as duas.

Em nossa próxima postagem, falaremos sobre definição da equipe de SCRUM.

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PILARES DO TPM - SHE

O Pilar SHE, do inglês Safety, Health and Environment (Saúde e Segurança do Trabalho e Meio Ambiente), também é um dos pilares básicos do TPM, já que tem com objetivos garantir que os equipamentos seja confiáveis, evitar falhas humanas, eliminar acidentes de trabalho e danos ao meio ambiente. 

A gestão da segurança do trabalho e meio ambiente é uma atividade essencial em qualquer programa de TPM. As atividades de manutenção autônoma e manutenção planejada devem possuir também foco no gerenciamento dessas áreas críticas.

Uma plena implementação do TPM, tende a produzir melhoras significativas de diversas formas, na segurança do trabalho e meio ambiente, como por exemplo:

- Sendo o equipamento defeituoso uma fonte comum de riscos, as campanhas para atingir Zero Avarias e defeitos trazem consigo possibilidades de melhoria também para segurança do trabalhador;

- Aplicando de modo pleno os princípios de 5S (como parte da manutenção autônoma), através da eliminação de fugas e vazamentos, os locais de trabalho se tornam mais limpos e organizados;

- Os colaboradores treinados no TPM se preocupam com seus equipamentos, possuindo maior capacitação para detectar anormalidades e resolvê-las rapidamente;

- Os profissionais que operam os equipamentos e conduzem os processos, são plenamente qualificados;

- Os colaboradores passam a adotar uma postura de responsabilidade com sua própria saúde e segurança.

Em todo caso, atividades de segurança do trabalho devem ser realizadas diariamente em pequenos grupos, através de pequenas melhorias individuais, tendo sempre como objetivo a segurança nos equipamentos e processos. De modo a monitorar as atividades de segurança do trabalho, é recomendado que auditorias periódicas de Segurança do Trabalgo sejam realizadas por parte da Alta Direção, mantendo assim os profissionais envolvidos nas atividades, sempre em alerta para qualquer situação de risco. Programas de redução de ruídos e projetos de reciclagem, por exemplo, dentre outras atividades de melhorias visando o meio ambiente, devem ser também constantemente desenvolvidas.

Em qualquer programa de TPM, a Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho e Gestão de Meio Ambiente são atividades chave. 

O gerenciamento dessas áreas críticas também deve ser foco das atividades de manutenção autônoma e manutenção planejada.

Tem como principais objetivos:

- Busca de “zero acidente” através da segurança e máxima saúde e bem-estar do colaborador,

- Busca de processos produtivos que não afetam ou que minimizam o impacto ambiental.

Assim como a qualidade busca zero falhas o pilar SHE procura eliminar e prevenir qualquer situação compotencial de prejudicar a segurança dos colaboradores, além de manter o foco no aumento da qualidade de vida e a garantia da preservação do meio ambiente.

Processos de conscientização e de desenvolvimento de pessoas, são atividades fundamentais para garantir o atingimento dos objetivos deste pilar.

Dentro desse processo de desenvolvimento, os profissionais têm a possibilidade de conhecer os equipamentos de forma completa, além de adquirir consciência quanto à importância da segurança em suas atividades.

Atividades como a eliminação de fontes de sujeiras e eliminação de locais de difícil acesso, contribuem efetivamente com a segurança e o meio ambiente, tendo em vista o alinhamento deste pilar SHE, com todos os demais pilares, já que, de certa forma, pilares como o da melhoria especifica valorizam ações ou melhorias focadas em ergonomia, segurança e meio ambiente.

Em nossa próxima postagem, vamos falar sobre o modelo de gestão do TPM

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POR DENTRO DO SCRUM - SOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM PROJETOS COM SCRUM

As equipes de projetos em cascata costumam enfrentar três restrições: prazo, custos e escopo. 

Após o início do projeto, elas não podem alterar nenhum desses itens. O problema é que, ao longo do projeto, o ambiente de negócios ao redor muda. Isso significa que, quando terminamos, aquilo que desenvolvemos perdeu valor. Não é culpa de ninguém. As necessidades dos negócios estão mudando cada vez mais rápido. Os requisitos dos projetos também vêm mudando rapidamente para acompanhá-las. Portanto, antes do Manifesto Ágil, as equipes estavam fadadas ao fracasso em qualquer projeto. Então, deixamos de nos concentrar nas três restrições de projetos e decidimos flexibilizar uma delas: o escopo. Foi uma grande mudança. 

O representante da empresa pode contar com uma determinada equipe – os custos, por um determinado prazo, para desenvolver o que considera mais valioso. É simples. Todas as metodologias ágeis seguem essa grande mudança de paradigma. Mantendo tudo fixo, exceto o escopo, temos uma estrutura que entrega exatamente o que é necessário o mais rápido possível. 

A Gestão Ágil engloba muitas metodologias que seguem os mesmos princípios. Uma delas é o Scrum, que deu um passo adiante, criando uma estrutura que ajuda as equipes a manter o foco e as protege das distrações. 

No Scrum, existem duas funções essenciais: o Scrum Master e o Product Owner, responsável pelo produto. Os autores do Manifesto Ágil reconhecem que não tinham acesso aos especialistas certos na empresa com a frequência necessária para orientar suas decisões diárias. O Scrum resolveu isso criando a função de Product Owner. É um representante da empresa 100% comprometido com a equipe. É o trabalho dele em período integral. Eles também perceberam que alguém precisava ajudar a equipe a resolver os problemas cotidianos e contrabalançar as constantes mudanças nos requisitos. Assim, a função de Scrum Master foi elaborada para proteger a equipe e permitir que ela conclua o trabalho sem distrações. Essa função dedicada também ajuda a melhorar os processos internos da equipe. 

Além dessas funções, no Scrum precisamos fazer entregas rápidas, para que sempre saibamos se estamos no caminho certo. Para falhar rápido e aprender rápido, precisamos de feedback rápido. No Scrum, o prazo para que as equipes entreguem valor é de duas a quatro semanas. Precisamos finalizar um produto aprovado pela empresa e pronto para o cliente com essa frequência. 

O Scrum também reconhece que, para entregar isso rapidamente, a equipe precisa de reuniões diárias. São as reuniões diárias em pé. Por fim, o último elemento essencial nessa estrutura é reconhecer que uma equipe saudável precisa de tempo para refletir e pensar no que fazer para melhorar. Assim, no Scrum há um evento obrigatório chamado “retrospectiva”, para que a equipe se avalie e decida o que melhorar. Essa é a estrutura. O foco do Scrum é maximizar a eficiência da equipe. Como o escopo é o ponto de flexibilidade nos projetos ágeis, o foco do Scrum é como entregar o máximo possível de valor dentro das restrições de prazo e orçamento.

Na próxima postagem falaremos sobre funções essenciais em equipes de Scrum

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PILARES DO TPM - OFFICE

E bem possível evidenciar a aplicação do TPM nos departamentos administrativos e de apoio, já que estes podem apresentar muitas perdas em seus processos internos. Nas atividades de TPM nos departamentos administrativos e de apoio, não há envolvimento de equipamento de produção. No entanto, estes departamentos aumentam a produtividade através do registo dos sistemas de gestão e redução de desperdícios e perdas, o que contribui para aumentar a eficiência do sistema produtivo e melhorar as várias actividades de suporte à produção.

A ação do departamento de produção, tem início por meio de informação de departamentos como engenharia e administração. Diante disso, a qualidade e precisão da informação recebida, afeta de maneira significativa as atividades do departamento de produção. A forma de trabalhar estas informações é o cerne do TPM nos departamentos administrativos e de apoio. No TPM, os trabalhos desempenhados por esses departamentos, são tratados de forma similar aos processos de produção, assumindo os procedimentos administrativos como certa similaridade aos equipamentos de produção.

O conceito de criar “fábricas de informações”, que é o fornecimento do produto, informação, com qualidade, precisão, baixo custo e no prazo necessário, é o “ponta pé inicial” para implantar o TPM nos departamentos administrativos e de apoio. Mas, para isso, é muito importante dividir ou subdividir os processos administrativos até o nível de ações mínimas, de modo a investigar e identificar as funções, características e cargas de trabalho. Dentro do sistema como um todo, cada departamento administrativo tem uma função essencial e resultados específicos a desenvolver e apresentar. Quando se aplica o conceito de equipamento nesses departamentos, isso implica em estabelecer condições básicas para as funções dos mesmos, o que evidenciará as necessidades de melhorias e como alcançá-las.

Para o desenvolvimento dos setores administrativos, é fundamental o estabelecimento de uma missão e visão departamental. Ambas devem apresentar compatibilidade com os outros departamentos, expressando o que o departamento faz e onde ele quer chegar no futuro. Por fim, o trabalho deve ser focado na conquista de resultados mensuráveis.

Mas se os departamentos administrativos não utilizam equipamentos de produção, o que  têm a ver com o programa TPM?

Bom, é nesse momento que se transforma cada processo de apoio em “fábricas de serviços” altamente produtivas.

Cada “saída” de recursos, como: atividade, documento, informação (emitida, manuseada, despachada ou armazenada), material de consumo, dentre outras, deve ser rigorosamente reavaliada, de modo a analisar qual o valor está sendo agregado ao produto da empresa, ou seja, aos bens ou serviços, pois estes são os geradores de “entradas” para os processos seguintes, alguns dos quais são diretamente relacionados a atividade fim da empresa.

A implementação do Pilar Office, desenvolve o conceito de “fábricas de serviços” para as áreas de apoio e, dessa forma, estas devem atuar com alto nível de qualidade, correção, precisão e devem ser úteis para quem as utiliza.

Em nossa próxima postagem, vamos falar do Pilar SHE (SEGURANÇA OCUPACIONAL, SAÚDE E MEIO AMBIENTE)

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