terça-feira, 18 de agosto de 2020

SST NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Assegurar as melhores condições de saúde e segurança no trabalho para os colaboradores de uma indústria de alimentos, é tão importante quanto garantir a qualidade dos alimentos produzidos. Para isso, é fundamental que haja investimento em boas práticas tanto de segurança quanto de fabricação.

No fim das contas, o atendimento as NRs e a garantia da execução do trabalho sem riscos e com maior eficiência, é o resultado das ações preventivas e de combate a ocorrência de acidentes que a empresa adota. Dessa forma, dentre tantos outros benefícios, temos o aumento na motivação e comprometimento dos colaboradores em relação aos objetivos, metas e resultados da organização, além da diminuição no número de trabalhadores ausentes.

Segurança X Produtividade

Situações como autuações por não cumprimento de requisitos legais, afastamento de profissionais, contrariedade em relação as condições de trabalho, receio na execução de certas atividades, são adversidades que surgem resultantes de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.

O fato de muitas empresas não se atentarem a necessidade de desenvolver ações com foco em melhoria da segurança no trabalho, torna esse tema por demais alarmante.

No Brasil, a cada 49 segundos ocorre uma notificação de acidente de trabalho, conforme dados levantados pelo Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho (https://smartlabbr.org/sst). As principais causas apontadas são:

1. CORTE, LACERAÇÃO, FERIDA CONTUSA, PUNCTURA

2. FRATURA

3. CONTUSÃO, ESMAGAMENTO (SUPERFÍCIE CUTÂNEA)

4. DISTENSÃO, TORÇÃO

5. LESÃO IMEDIATA

Além disso, de acordo com a mesma fonte, temos a ocorrência de 1 morte a cada 3h e 43m

O ônus por conta dessas ocorrências, recai não só sobre a empresa (local da ocorrência) mas também tem grande impacto na Previdência e na saúde pública. Quase R$100 bilhões é o valor resultante dos gastos, de acordo com verificação realizada pelo Observatório. Dessa forma, a empresa pode contribuir com redução dos recursos públicos e sua consequente aplicação em outros fins, ao buscar melhorias para o ambiente de trabalho e consequente redução de afastamentos, através do fornecimento de EPIs e EPCs necessários e atendimento aos requisitos legais estabelecidos.

Pondo em prática a segurança do trabalho na indústria alimentícia

PPRA e PCMSO

Sendo requisitos legais, tanto o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA - NR 9) quanto o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO - NR 7), são mandatórios para todas as empresas. Através desses programas, são determinados os riscos de cada atividade e as ações necessárias para garantir a saúde e segurança de cada trabalhador. Enquanto no PCMSO temos o monitoramento da saúde dos colaboradores com foco na prevenção de doenças ocupacionais, o PPRA visa garantir a integridade de cada colaborador por meio do uso de equipamentos de proteção.

Equipamentos de proteção

Há 2 tipos de equipamentos de proteção: EPI (EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL) e EPC (EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA). Ambos têm sua utilização prevista no PPRA e são imprescindíveis na indústria. Dentre os EPIs, os mais comuns são luvas, máscaras, toucas, protetores auriculares, abafadores de ruído, botas de PVC, óculos, capacetes, aventais impermeáveis e roupas térmicas para câmaras refrigeradas. No caso de EPCs temos extintores de incêndio, exaustores, proteções de máquinas e equipamentos, sinalizações nas áreas de risco, etc.

Manutenção 

O investimento em um bom programa de manutenção preventiva, aliado a uma gestão industrial apropriada, constituem formas bastante eficazes para reduzir a ocorrência de acidentes, pois assim como minimizam falhas ao longo do processo, também protegem o trabalhador.

Treinamento e instalações adequadas

O afastamento do trabalhador, pode ser consequência muitas vezes de doenças resultantes de movimentos repetitivos e/ou posturas inadequadas. Por conta disso, para garantir ergonomia e conforto durante as atividades laborais, é de vital importância investir em adequações nas instalações.

Um outro aspecto fundamental é o treinamento, pois através dele os profissionais são orientados e conscientizados sobre a importância de seguir as normas e políticas de segurança da empresa.

Não há como negar que, o investimento em saúde e segurança do trabalho traz mais produtividade a empresa e, consequentemente, torna-se um grande diferencial competitivo.

Quando nos referimos a indústria alimentícia, pelo fato de também refletirem tanto na segurança dos alimentos quanto na qualidade dos produtos, tais ações tornam-se ainda mais relevantes.

SEGURANÇA É FUNDAMENTAL!

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