Contexto Histórico da Cobertura Viva
Os registros históricos mostram que a cobertura viva é uma técnica construtiva antiga primeiramente usado pelos zigurates da antiga Mesopotâmia, atual sul do Iraque e na Babilônia, por causa do desempenho térmico proporcionado.
Os Jardins Suspensos da Babilônia estavam localizados no lado leste do Eufrates, num antigo bairro da cidade, entre as margens do rio e os palácios reais. São uma das sete maravilhas do mundo e a menos conhecida já que não foi encontrado algum vestígio do monumento nos sítios arqueológicos, tendo como única “suspeita” um poço fora dos padrões que imagina-se ter sido usado para bombear água. (DISCOVERY CHANNEL, 2009).
Posteriormente, os telhados verdes foram amplamente difundidos, no Império Romano onde árvores eram cultivadas na cobertura de edifícios; no período renascentista na Itália, pré-colombiano no México, na Índia entre os séculos XVI e XVII e em algumas cidades da Espanha, na França a partir do século XVIII e na Escandinávia no início do século XIX (ARAÚJO, 2007).
Nos anos 50, a Alemanha foi pioneira em pesquisas científicas sobre o tema que tinha como objetivo a conservação das águas e energia através desse sistema construtivo.
Com investimento do governo nesse setor, muitas técnicas de construção foram desenvolvidas e nos anos 70 materiais foram introduzidos nesse sistema como materiais drenantes, membranas impermeabilizantes, agentes antirraízes, entre outros. Nos anos 80, houve aumento nas construções de 15 a 20% ao ano, totalizando dez milhões de metros quadrados de telhados verdes na Alemanha em 1996; crescimento possível por leis de subsídios municipais, estaduais e federais (PECK, 1999A apud ARAÚJO, 2007).
No Brasil, esse sistema construtivo ainda não é muito usado e começam a surgir leis de incentivo por parte do governo como forma de disseminação desse sistema. O primeiro projeto de cobertura viva no Brasil foi em 1936, no prédio do MEC e foi construído por Roberto Burle Marx, depois em 1988 no Banco Safra em São Paulo e em 1992, a arquiteta Rosa Grená Kliass e Jamil Kfouri projetaram os jardins do Vale do Anhangabaú em São Paulo (TOMAZ, 2005). A naturação ainda é tímida no Brasil, diz Rola (2005) e explica que o sistema de naturação vem como uma alternativa real para sanar não só problemas como as ilhas de calor, mas também de poluição atmosférica. Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, já existem empresas especializadas na aplicação e construção de coberturas verdes.
Na próxima postagem, começaremos a falar sobre os benefícios da cobertura viva. Até lá!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá, seja bem vindo a Souza Júnior Soluções em Consultoria! Obrigado por seu comentário!