sexta-feira, 5 de novembro de 2021

POR DENTRO DO SCRUM: AVALIAÇÃO DA EQUIPE


Em uma equipe de Scrum, 100% de cada iteração é voltada às necessidades dos interessados e usuários finais, mas, pelos princípios da Gestão Ágil, a equipe precisa fazer uma reflexão periódica sobre como ser mais eficaz e adequar seus comportamentos para isso. No Scrum, esse princípio deu origem à retrospectiva da equipe. É a única vez, em cada iteração, em que o foco não é o produto — é a equipe. Como o foco está na equipe e em seus processos, o ScrumMaster é o facilitador do evento. 

Para uma retrospectiva bem-sucedida, é necessário um ambiente seguro. Por isso, é uma sessão a portas fechadas. A equipe deve saber que somente os membros dedicados estarão presentes e que as normas da equipe serão respeitadas. Essa sensação de segurança é essencial para garantir o diálogo aberto que é necessário para uma avaliação sincera da forma como a equipe vem trabalhando junta. 

A pauta da retrospectiva costuma ser simples. São três perguntas: 

O que deu certo? 

O que não deu certo? 

O que vamos melhorar? 

Embora todas sejam importantes, comece pelos sucessos da equipe. Sei que parece contraproducente. Estamos aqui para melhorar. Por que nos concentrar no que já fazemos bem? Para que a equipe evite respostas defensivas, precisamos valorizá-la. Satisfaça às necessidades emocionais antes de apresentar os pontos de melhoria. 

Ao se concentrar na primeira pergunta, preste atenção a tudo que a equipe fez bem e que dependa dela. Isso inclui exemplos de ótima colaboração dentro e fora da equipe. Reconheça as ocasiões em que os membros da equipe se ajudaram. Mantenha o foco na equipe em si, não nas histórias que ela concluiu. Concentrando-se no sucesso, a equipe cria um ciclo de comportamento positivo. Ela vai querer melhorar, para ter mais motivos para comemorar da próxima vez. 

Ao passar para a segunda pergunta, o que não deu certo, concentre-se no que é possível mudar, não em grupos externos ou ferramentas fora de alcance. Por exemplo: talvez a equipe precise usar uma ferramenta de teste específica, e a ferramenta seja lenta. O ponto de melhoria não seria consertar a ferramenta, mas encontrar uma forma de usá-la com mais eficiência. 

Após obter uma boa lista de pontos de melhoria, passe para a terceira pergunta: no que queremos nos concentrar? Todos os itens de melhoria identificados vão para uma lista de melhorias pendentes. Não dá para trabalhar em tudo de uma vez, então a equipe precisa escolher um ou dois itens aos quais se dedicar na próxima iteração. 

Na iteração seguinte, o ScrumMaster responsabiliza a equipe pelos compromissos de melhoria, além dos compromissos com as histórias. Assim, o ScrumMaster ajuda a proteger os compromissos da equipe consigo mesma. Todas as outras ferramentas que as equipes de Scrum usam visam ao produto. 

A retrospectiva tem poder, pois visa à própria equipe. Lembre-se: o Scrum é uma estrutura que só pode chegar ao sucesso se a equipe estiver saudável e focada em melhorar a si mesma.

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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

POR DENTRO DO SCRUM: DEMONSTRAÇÃO DO TRABALHO DA EQUIPE

 


No Scrum, nos esforçamos para entregar um produto funcional ao final de cada iteração. Mas de que isso adianta se ninguém ficar sabendo? A resposta do Scrum para isso é a demonstração. Como sabemos, o PO é responsável por aprovar o que foi entregue. Tudo que for aprovado está pronto para ser demonstrado para um público-alvo maior. O PO é responsável perante as outras partes interessadas, atuando como seu representante para garantir que recebam aquilo que desejam. 

A demonstração é como o PO e a equipe garantem que os interessados estejam satisfeitos com a entrega. É um evento poderoso para as equipes de Scrum. A demonstração gera confiança entre a equipe e os interessados, e isso ocorre de algumas maneiras. 

Primeiramente, é uma ocasião para conversas diretas com as partes interessadas. Esse grupo tem interesse no sucesso da equipe e do produto. É uma ótima oportunidade para que a equipe receba feedback direto. Os interessados podem ver diretamente o trabalho sendo realizado a seu pedido, dão feedback à equipe, elogiam o que foi feito e sugerem mudanças, propondo novas histórias. O PO registra isso tudo e, após a demonstração, trabalha para acrescentar detalhes e avaliar as novas histórias para a lista de pendências. 

Às vezes, os interessados veem algo na demonstração e desistem daquilo. Não há problema algum. É melhor ouvir e cuidar disso na hora. A equipe pode, então, dar atenção ao que os interessados realmente querem. 

Outra vantagem da demonstração é permitir que as partes interessadas conheçam quem está trabalhando no projeto. Elas podem conferir pessoalmente as habilidades e a dedicação de cada membro às iterações. É uma oportunidade para construir relacionamentos entre a equipe e os interessados. Essa visibilidade dá aos interessados uma perspectiva mais ampla e equilibrada sobre o que é preciso para criar seu produto. Além disso, eles veem a disposição da equipe para receber feedback e se adequar às novas necessidades. 

Por fim, a demonstração apresenta o progresso geral rumo ao objetivo final. O PO atualiza o roteiro do produto e o planejamento de lançamentos após cada iteração. Esse é o momento de mostrá-los às partes interessadas. A equipe faz com que os interessados participem da jornada e possam dar feedback sobre os prazos e o conteúdo de cada lançamento planejado. É mais uma atividade que fortalece a confiança e o relacionamento. 

Talvez você se pergunte se precisa fazer uma demonstração no fim de cada iteração. Não, não precisa, mas deve fazer demonstrações sempre que possível. Isso ajuda a conquistar a confiança dos interessados e demonstrar o progresso obtido. O produto será mais robusto e terá grande aceitação se recebermos feedback constante para aperfeiçoá-lo. 

Uma das melhores coisas do Scrum é a transparência, tornando tudo visível a todos. Faça demonstrações periódicas, para que o produto fique compatível com as expectativas dos interessados.

Em nossa próxima postagem, falaremos sobre avaliação da equipe


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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

POR DENTRO DO SCRUM: COMO CONCLUIR HISTÓRIAS NO SCRUM


No Scrum, a equipe leva a sério o compromisso da iteração, esforçando-se diariamente para colaborar e finalizar as histórias. Lembre-se: no Scrum, “concluído” significa um produto utilizável que atenda aos critérios de aceitação. Como esse é o objetivo, a equipe está sempre desenvolvendo e testando, para garantir que todos os CA da história sejam atendidos. Porém, quem aprova os CA é o Product Owner. Como o Product Owner é o representante da empresa na equipe, sua aprovação é a palavra final. Isso significa que, ao longo da iteração, os membros da equipe conferem seu trabalho com o PO. 

Cada história aprovada passa, então, para a coluna “concluído” no quadro de tarefas. Algumas equipes fazem uma breve sessão formal, chamada de revisão da iteração. Nesse evento, a equipe e o PO se reúnem para avaliar a iteração como um todo. Trata-se de um ponto de verificação em que todos analisam cada história da iteração e observam quais foram concluídas. Tudo que não foi concluído é avaliado, priorizado e transferido para outra iteração. Em alguns casos, a equipe descobre novas informações sobre uma história, e ela precisa ser dividida em partes menores. 

Depois da divisão, elas também são priorizadas pelo PO e movidas para a iteração adequada. Por fim, a equipe chega a um consenso sobre o que foi concluído e pode ser apresentado ao grande grupo de partes interessadas. Essa reunião deve ser simples e breve. O que fizemos, o que ainda precisamos fazer em iterações futuras e o que está pronto para ser mostrado? Essa sessão é outra etapa da colaboração no Scrum. 

A equipe reconhece seu progresso e acompanha o que vem a seguir. Com essa colaboração, a equipe se mantém a par de todo o projeto, permanece focada no panorama geral e entrega um produto utilizável em cada iteração.

Em nossa próxima postagem, falaremos sobre demonstração do trabalho da equipe


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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

POR DENTRO DO SCRUM: REVISÃO DA LISTA DE PENDÊNCIAS DO SCRUM



No Scrum, o Product Owner é responsável perante a equipe e interessados. Os interessados querem garantir que vão receber o que precisam com o projeto. Para manter as prioridades certas, é fundamental o refinamento contínuo da lista de pendências do produto. Para isso, o PO deve se reunir com os interessados visando entender suas necessidades. Ele está sempre remanejando o trabalho, conforme os requisitos e as necessidades mudam. 

Durante o projeto, a lista de pendências muda constantemente conforme novos recursos e histórias são identificados e acrescentados. Outras histórias são alteradas ou até removidas. Conforme novas histórias são identificadas, o PO trabalha os detalhes e os CA de cada uma, mas, pelo menos uma vez por iteração, a equipe toda se reúne para analisar os itens novos. 

Costuma ser uma sessão de 30 a 60 minutos para revisão da lista de pendências, geralmente na metade da iteração. O PO lê as novas histórias para a equipe, e os membros pedem os detalhes que estiverem faltando. O PO, então, busca respostas para as perguntas da equipe. Depois disso, o PO define a prioridade das novas histórias e acrescenta-as à lista de pendências da melhor forma. 

Pode parecer assustador, mas existe uma proteção para a equipe e o compromisso com a iteração. O PO só pode acrescentar histórias às iterações futuras, nunca à iteração em andamento. Portanto, sim, a lista de pendências vai mudar ao longo do projeto. Mas não, o compromisso da iteração não pode ser alterado depois que ela for iniciada. Isso ajuda a equipe a manter seus compromissos, mas também permite que a equipe se adapte às necessidades dos negócios ao longo do projeto. 

A outra vantagem das sessões contínuas para revisão da lista de pendências é que a equipe solicita esclarecimentos ao PO bem antes da reunião de planejamento e compromisso com as iterações. Se os detalhes não estiverem prontos a tempo para a reunião de planejamento da iteração, a história não pode ser adicionada à iteração. Isso evita surpresas quando a iteração estiver em andamento. Essas interações também ajudam o PO a identificar lacunas nos requisitos, permitindo que o PO as corrija para não atrasar a equipe. Enquanto isso, os membros continuam trabalhando na iteração atual. 

A revisão da lista de pendências é mais uma maneira de fazer com que as necessidades dos negócios sejam continuamente identificadas e preparadas para entrega dentro de uma iteração. É uma ótima ferramenta para promover o entendimento e a colaboração em toda a equipe.

Em nossa próxima postagem, falaremos sobre como concluir histórias no Scrum


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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

POR DENTRO DO SCRUM: SCRUM DIÁRIO OU REUNIÃO DIÁRIA EM PÉ


O ScrumMaster, como responsável pelo processo do Scrum, estabelece seu Scrum diário. É a chamada de reunião diária em pé, ou standup meeting. Para que o Scrum funcione, ele depende dos três Cs: colaboração, comunicação e cadência. A reunião em pé inclui os três. É o elemento fundamental da colaboração. Inclui todos da equipe: desenvolvedores, testadores, PO e ScrumMaster. Ela ocorre na mesma hora todo dia, então o ScrumMaster escolhe um horário que dê certo para todos. 

Para equipes que trabalham juntas ou em fusos horários próximos, é bem simples. Para equipes internacionais, pode ser mais difícil. Porém, com os atuais recursos de vídeo, é possível superar isso. Já vi equipes em que membros de um país filmam sua reunião em pé e a enviam aos membros de outros países, para que assistam como parte de sua reunião em pé. 

A reunião diária em pé é um item inegociável na estrutura do Scrum. Costuma ser feita em frente ao quadro de tarefas da equipe, seja físico ou eletrônico. Esse é o momento em que as tarefas são movimentadas pelo quadro. Por outro lado, não é um relatório de acompanhamento. Ninguém deve apresentar as minúcias de suas atividades, apenas uma visão geral. As partes interessadas também são incentivadas a comparecer, mas devem guardar as perguntas e comentários para o final. 

O Scrum diário é curto. No máximo 15 minutos. Pode ser mais curto, porém não mais longo. Toda a equipe fica em pé, para que ela seja rápida, daí o nome da reunião. Realmente, se todos se sentassem, ficaria parecido com uma reunião e poderia se arrastar, como costuma acontecer. 

O ScrumMaster também limita as atualizações a três perguntas por pessoa: O que você fez ontem? O que vai fazer hoje? Alguma coisa está impedindo seu progresso? Conforme as pessoas respondem a essas perguntas, a equipe entende seu progresso como uma unidade, percebendo como seu trabalho se encaixa no todo. Por outro lado, se um membro da equipe não tiver concluído algo no dia anterior, ou por vários dias seguidos, essa é a oportunidade da equipe de responsabilizá-lo. Isso não é feito com maldade. É difícil enfrentar os colegas e admitir que não atingimos um objetivo. É uma oportunidade diária de pedir ajuda. 

Um dos aspectos mais poderosos do Scrum é o imediatismo com que as questões são resolvidas. Se alguém na equipe disser que está com um empecilho, a equipe toda pode intervir para ajudar. Se a equipe não puder resolver a questão dentro um dia, o ScrumMaster entra em ação. Se o ScrumMaster não conseguir solucioná-la em um dia, o PO deve resolvê-la no dia seguinte, e assim por diante. O empecilho é encaminhado ao superior até que seja removido e a equipe consiga avançar. 

O Scrum diário é a cadência esperada para comunicação e colaboração. As equipes de Scrum colaboram e se comunicam o dia todo. O Scrum diário é apenas a versão formal, para que todos vejam o progresso coletivo da equipe.

Na próxima postagem falaremos sobre eevisão da lista de pendências no Scrum

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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

POR DENTRO DO SCRUM: MONITORAMENTO DO PROGRESSO NO SCRUM


Quando trabalhamos em projetos críticos, as partes interessadas costumam perguntar aos membros da equipe como vão as coisas. Isso é bom. As pessoas estão se dedicando ao resultado do projeto. Pode ser uma distração para a equipe, pois alguns membros têm uma perspectiva completa da situação, e outros não. 

O Scrum aborda esses desafios publicando radiadores de informações. Isso abrange tudo que publicamos em paredes ou sites de equipe e que ajude todos a entender o que está sendo feito e o andamento. 

As formas variam muito, conforme a necessidade do ambiente e do projeto. Já vi equipes publicarem as normas para a equipe, a visão do projeto, a definição de “concluído”, os roteiros e o planejamento de lançamentos. No mínimo, as equipes publicam o quadro de tarefas e o gráfico de burndown. 

Então, vamos detalhar isso. O formato do quadro de tarefas varia, mas alguns componentes são essenciais. Ele mostra as histórias prometidas na iteração, as tarefas atuais e a situação delas e as tarefas já concluídas. Este é um exemplo simples de um quadro de tarefas.



Ele mostra claramente as histórias prometidas e as tarefas relacionadas, mas vai além, mostrando quais tarefas foram iniciadas e quais já foram concluídas. 

Essa ferramenta simples e prática informa a todos no que a equipe está trabalhando. Esse quadro se torna a essência da execução da iteração. A equipe se reúne ao redor dele para acompanhar o que está acontecendo na iteração e se ajudar, caso alguém tenha dificuldades. 

Outra ferramenta primordial para apresentar informações sobre o andamento é o gráfico de burndown da iteração. Ele é usado pela equipe para avaliar seu sucesso ao executar a iteração. Embora o quadro de tarefas informe a conclusão das atividades, ele não compara isso com a situação da equipe na iteração. O gráfico de burndown faz isso. Aqui vai um exemplo.


O gráfico informa exatamente onde estamos na iteração dia após dia e quanto trabalho nos comprometemos a fazer em toda a iteração ou horas. O ideal é que o detalhamento seja feito de forma linear. A linha “real” informa exatamente como estamos indo em comparação com o ideal. É uma ferramenta muito poderosa que mostra o andamento da equipe a todos os interessados. Fácil de criar, usar e entender. 

Essas são as principais características dos grandes radiadores de informações. São úteis para a equipe, e os interessados vão gostar de entender a situação com clareza.

Em nossa próxima postagem, falaremos sobre Scrum diário ou reunião diária em pé


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sexta-feira, 17 de setembro de 2021

POR DENTRO DO SCRUM: PLANEJAMENTO DAS ITERAÇÕES NO SCRUM


Conforme a equipe se prepara para uma iteração, torna-se necessária uma colaboração mais detalhada, e é exatamente isso o que fazemos na reunião de planejamento da iteração. A participação plena é fundamental. Precisaremos de todos os membros da equipe de desenvolvimento, do ScrumMaster e do Product Owner. Essas responsabilidades não podem ser delegadas. 

Usando a lista de pendências priorizada, o PO apresenta as histórias de maior valor para a equipe na sequência. A equipe precisa estar à vontade para fazer perguntas. O objetivo é que todos tenham plena compreensão do objetivo da história e de seus CA específicos. Na reunião, também é útil publicar a definição de “concluído” da equipe para todas as histórias. 

Como a definição de “concluído” da equipe se aplica a tudo, ter essa informação à mão ajuda a garantir que todas as tarefas sejam identificadas. No planejamento das iterações, fazer perguntas é primordial. No final do planejamento, a equipe vai se comprometer a terminar todo o trabalho. Problemas de entendimento devem ser evitados, e essa é a ocasião certa para esclarecer as histórias. 

Depois que todos entenderem os detalhes das histórias, a equipe anota as tarefas necessárias para concluir cada uma. Vamos ao exemplo do aplicativo para pedir refeições. Na história “criar identificação do usuário”, a tarefa seria “gravar identificação do novo usuário no banco de dados” e levaria cerca de meia hora. Vamos ver como atribuir as histórias. Cada tarefa deve ficar clara e ser estimada usando o tempo. Nas iterações, utilizamos pontos para identificar as histórias a incluir em cada iteração. Nas tarefas, usamos o tempo para preencher a capacidade — as horas que cada membro da equipe pode dedicar. Sabendo o número de horas de todo o trabalho planejado na iteração, precisamos verificar se a equipe tem capacidade para realizá-lo. Como orientação geral, em um dia de trabalho de oito horas, as pessoas geralmente têm apenas seis horas de tempo produtivo. As outras duas horas costumam ser gastas com telefonemas, interrupções, e-mails, etc. Estamos tentando evitar o comprometimento excessivo. Portanto, a comparação entre horas necessárias e horas disponíveis é uma boa etapa de confirmação. Por fim, agora que as histórias foram claramente explicadas e as tarefas em cada uma delas foram definidas, é hora de se comprometer com o trabalho. 

O Scrum leva a etapa de compromisso muito a sério. Perguntamos a cada pessoa da equipe se ela se compromete com as histórias da iteração, e ela deve responder “sim” ou “não” e por quê. Se alguém não puder se comprometer, o PO e a equipe precisam trabalhar juntos para mudar a forma da iteração até que todos possam se comprometer. O planejamento das iterações é um esforço colaborativo importante no Scrum. Repita essa reunião no início de cada iteração. Você vai ficar cada vez melhor.

Em nossa próxima postagem, vamos falar sobre o Monitoramento do progresso no Scrum

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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

POR DENTRO DO SCRUM: CRIAÇÃO DO ROTEIRO E PLANEJAMENTO DE LANÇAMENTOS


Depois de todo trabalho preparando os temas, recursos e lista de pendências e identificando a duração das iterações, é hora de estimar quando as tarefas serão realizadas. O Scrum também tem ferramentas para isso. Usamos dois mecanismos diferentes: o roteiro e o planejamento de lançamentos. O roteiro é bastante geral e visa à aplicação dos temas ao longo do tempo. Assim, todos terão uma noção geral de qual será o foco num determinado período. Usando o exemplo da criação de um aplicativo móvel para pedir refeições, identificamos os temas perfil, pedido, pagamento e entrega. Agora precisamos decidir a melhor sequência para trabalhar nesses temas. 

Embora o pagamento talvez seja o mais importante para os nossos parceiros de negócios, do ponto de vista das dependências, provavelmente faz mais sentido priorizar o perfil e o pedido. Como tudo no Scrum, essa é uma diretriz, não uma regra, mas seguindo essa ideia, veja como seria o roteiro. Como podemos ver, esses temas não estão necessariamente ordenados pelo valor. Depois disso, podemos organizar as histórias conforme os cronogramas de temas que elaboramos. É assim que criamos o planejamento de lançamentos, que é a próxima camada de detalhes. É um plano geral que visa ligar o roteiro às iterações. Ele permite visualizar como faremos as entregas. 

No Scrum, precisamos concluir histórias totalmente funcionais ao final de cada iteração. Porém, não somos obrigados a divulgá-las às partes interessadas no fim de cada iteração. Ou seja, podemos concluir todo o trabalho de duas ou três iterações e divulgar os resultados juntos. Vamos usar os pontos de história para ajudar a equipe a decidir o que consegue fazer em cada iteração. 

Depois de trabalhar junta por um tempo, a equipe alcançará uma velocidade estável. Isso significa que todos saberão quantos pontos de história conseguem completar em cada iteração. Até que a velocidade se estabilize, faremos estimativas do número de pontos a concluir em cada iteração. Por exemplo: suponha que a equipe tenha acabado de começar e considere que, em grupo, consiga lidar com 10 pontos a cada iteração de 2 semanas. Pretendemos fazer o lançamento após 3 iterações, ou seja, 30 pontos por lançamento.



Vamos analisar o roteiro e as histórias que organizamos ao longo do tempo com base nos temas. Só precisamos selecionar as histórias de maior prioridade por tamanho, para encaixá-las em cada iteração. Deve ser algo assim: 


Veja que não estou planejando por ordem de prioridade. Neste nível de detalhe, trata-se de maximizar o número de pontos por iteração. Então, se a próxima história de maior prioridade, a história C, de oito pontos, for grande demais para a primeira iteração, descemos na lista até encontrarmos uma que se encaixe — a história D, de cinco pontos. Lembre-se de que o roteiro é uma estimativa de quando a equipe vai concluir essas histórias. Ele deve ser atualizado no fim de cada iteração. A equipe segue aprendendo e escrevendo novas histórias durante a iteração, então o roteiro deve ser um documento vivo. É apenas um guia, mas nos ajuda a manter o foco para que o projeto atinja os objetivos.

Em nossa próxima postagem, vamos falar sobre Planejamento das iterações no Scrum

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quarta-feira, 8 de setembro de 2021

TPM: O OEE (OVERALL EQUIPMENT EFFECTIVENESS)


OEE é o principal indicador de efetividade global de equipamentos e linhas de produção, sendo largamente utilizado nas indústrias de manufatura.  A sigla OEE é uma abreviação do termo Overall Equipment Effectiveness.

O OEE foi introduzido por Seiichi Nakajima, um dos pais da TPM (Total Productive Maintenance / Total Performance Mangement - consulte nosso artigo CONHECENDO O TPM - ALINHANDO CONCEITOS), como sendo uma medida essencial para avaliar a performance de um equipamento,  sendo usado como um dos principais componentes da metodologia TPM.

Com o crescimento da manufatura enxuta (lean manufacturing) o OEE passou a ter um amplo uso pelas empresas que abraçaram esta filosofia de produção, tornando-se popular e sendo utilizado até por empresas que ainda não adotaram a produção enxuta.

Uma das razões que contribuíram para a larga utilização do OEE, é pelo fato de nos mostrar, de forma simples e direta, o quão efetivamente um equipamento foi utilizado, ou seja, quantos itens bons foram produzidos, comparado com a sua capacidade de produzir itens bons.

Exemplo:

Peças boas produzidas no turno: 3000 peças

Peças boas que o equipamento tem capacidade de produzir no turno: 5000 peças

OEE = 3000 / 5000 * 100% = 60%

No exemplo acima, o OEE de 60% indica que o equipamento produziu 60% dos itens bons que o equipamento tem capacidade para produzir no período, e que a perda foi de 40%, ou seja,  2000 itens deixaram de ser produzidos ou foram produzidos com defeito.

O OEE mostra quanto tempo o equipamento produziu comparado com o tempo disponível para produção.  Do de produção, quão rápido ele produziu.  E dos itens produzidos quantos estavam conforme as especificações.   E assim o OEE não  quanto houve de perda, mas também onde estão as perdas, facilitando a atividade de quem atua na produção e precisa adotar ações para atingir as metas estabelecidas.

Gestores têm condições de analisar todas as oportunidades de melhoria, escolhendo aquelas que proporcionam um retorno maior ou as que, apesar de apresentarem um retorno menor, podem ser alcançadas rapidamente à um custo pequeno, como por exemplo, a aplicação de um treinamento voltado para a equipe de produção.

Outro fator importante referente a adoção do OEE na gestão da performance industrial, deve-se ao fato de que o uso de indicadores de desempenho financeiro não refletem a realidade da produção, conduzindo os gestores, em algumas situações, a tomarem decisões equivocadas.

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