Depois de todo trabalho preparando os temas, recursos e lista de pendências e identificando a duração das iterações, é hora de estimar quando as tarefas serão realizadas. O Scrum também tem ferramentas para isso. Usamos dois mecanismos diferentes: o roteiro e o planejamento de lançamentos. O roteiro é bastante geral e visa à aplicação dos temas ao longo do tempo. Assim, todos terão uma noção geral de qual será o foco num determinado período. Usando o exemplo da criação de um aplicativo móvel para pedir refeições, identificamos os temas perfil, pedido, pagamento e entrega. Agora precisamos decidir a melhor sequência para trabalhar nesses temas.
Embora o pagamento talvez seja o mais importante para os nossos parceiros de negócios, do ponto de vista das dependências, provavelmente faz mais sentido priorizar o perfil e o pedido. Como tudo no Scrum, essa é uma diretriz, não uma regra, mas seguindo essa ideia, veja como seria o roteiro. Como podemos ver, esses temas não estão necessariamente ordenados pelo valor. Depois disso, podemos organizar as histórias conforme os cronogramas de temas que elaboramos. É assim que criamos o planejamento de lançamentos, que é a próxima camada de detalhes. É um plano geral que visa ligar o roteiro às iterações. Ele permite visualizar como faremos as entregas.
No Scrum, precisamos concluir histórias totalmente funcionais ao final de cada iteração. Porém, não somos obrigados a divulgá-las às partes interessadas no fim de cada iteração. Ou seja, podemos concluir todo o trabalho de duas ou três iterações e divulgar os resultados juntos. Vamos usar os pontos de história para ajudar a equipe a decidir o que consegue fazer em cada iteração.
Depois de trabalhar junta por um tempo, a equipe alcançará uma velocidade estável. Isso significa que todos saberão quantos pontos de história conseguem completar em cada iteração. Até que a velocidade se estabilize, faremos estimativas do número de pontos a concluir em cada iteração. Por exemplo: suponha que a equipe tenha acabado de começar e considere que, em grupo, consiga lidar com 10 pontos a cada iteração de 2 semanas. Pretendemos fazer o lançamento após 3 iterações, ou seja, 30 pontos por lançamento.
Vamos analisar o roteiro e as histórias que organizamos ao longo do tempo com base nos temas. Só precisamos selecionar as histórias de maior prioridade por tamanho, para encaixá-las em cada iteração. Deve ser algo assim:
Veja que não estou planejando por ordem de prioridade. Neste nível de detalhe, trata-se de maximizar o número de pontos por iteração. Então, se a próxima história de maior prioridade, a história C, de oito pontos, for grande demais para a primeira iteração, descemos na lista até encontrarmos uma que se encaixe — a história D, de cinco pontos. Lembre-se de que o roteiro é uma estimativa de quando a equipe vai concluir essas histórias. Ele deve ser atualizado no fim de cada iteração. A equipe segue aprendendo e escrevendo novas histórias durante a iteração, então o roteiro deve ser um documento vivo. É apenas um guia, mas nos ajuda a manter o foco para que o projeto atinja os objetivos.
Em nossa próxima postagem, vamos falar sobre Planejamento das iterações no Scrum
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