sexta-feira, 26 de março de 2021

GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS - DEFINIÇÃO DA ABORDAGEM PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS



Assim como em projetos tradicionais, na Gestão Ágil os riscos devem ser atribuídos e avaliados em tarefas ou funcionalidades específicas. 

Em um projeto ágil, outra forma de gerenciar riscos é através das funcionalidades atribuídas a cada iteração. Caso a Gestão Ágil seja uma novidade para a equipe, podem-se reduzir os riscos no projeto facilitando as primeiras iterações. 

Por exemplo, imagine que haja 50 funcionalidades planejadas para as seis primeiras iterações e haverá um produto pronto para implementação no final da terceira iteração. Nessa situação, devem-se diminuir os riscos na primeira iteração trabalhando com funcionalidades mais simples. Caso tudo corra bem, pode-se trabalhar com funcionalidades mais difíceis na segunda iteração. 

Se a equipe precisar de mais prática para trabalhar em um ambiente ágil, mantenha as funcionalidades mais simples. Nesse caso, funcionalidades complexas, que exijam muita comunicação interdepartamental ou competências técnicas avançadas devem ser transferidas para iterações posteriores. Essa distribuição de funcionalidades nas iterações reduz o risco global no projeto, permitindo que a equipe se habitue às técnicas ágeis para trabalhar em colaboração e ganhar confiança. 

Agora imagine a mesma situação, cinquenta funcionalidades em seis iterações, mas agora há membros na equipe que têm experiência na Gestão Ágil e já trabalharam juntos. Nesse caso, a melhor abordagem dos riscos é lidar com as funcionalidades mais difíceis na primeira iteração. Ao concluir as funcionalidades mais difíceis primeiro, ganha-se uma visão dos desafios do projeto como um todo. As dificuldades servirão ainda de lição, ajudando a evitar surpresas nas iterações posteriores. Assim, a abordagem de gerenciamento de riscos deve variar conforme a experiência da equipe ou da empresa com a Gestão Ágil. 

Outra abordagem de gerenciamento de riscos é ajustar o número de funcionalidades em cada iteração. Geralmente uma equipe ágil leva de duas a três iterações para ganhar ritmo e produtividade, mesmo quando há membros experientes em Gestão Ágil. Toda equipe leva tempo para trabalhar bem em conjunto. Por isso, deve-se reduzir o número de funcionalidades a serem concluídas nas iterações iniciais até que a equipe esteja 100% produtiva. Por último, concentre-se nos riscos específicos à empresa. Se a empresa não estiver habituada a técnicas ágeis e receber um produto em muitas implementações, terá de se adaptar a isso. 

Ao criar o planejamento de lançamentos e tentar mitigar os riscos, deve-se trabalhar com a empresa para definir a melhor sequência de implementação das funcionalidades. É essencial considerar o impacto na empresa. Isso pode alterar a prioridade da lista de funcionalidades. Às vezes, as funcionalidades de maior prioridade para a empresa são as que geram mais alterações e riscos. Talvez seja sensato mover essas funcionalidades para a iteração seguinte, para que a empresa se habitue à implementação de funcionalidades mais simples primeiro. Pode-se então desenvolver e implementar funcionalidades que afetam vários departamentos ou alteram mais radicalmente o funcionamento da empresa.

Na próxima postagem, falaremos sobre levantamento dos requisitos. Até lá!

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