Elaboramos então um "passo a passo" bem simples, de fácil compreensão, que pode ajudar qualquer líder a montar uma equipe de alto desempenho e bem "engajada":
Passo 1: Defina a quantidade de colaboradores necessária para garantir que a equipe desenvolva suas atividades sem acúmulo de tarefas, evitando desgaste excessivo, desmotivação e consequente evasão de talentos. Para tanto, por exemplo, pode-se recorrer a estudos de workload, calculando tempo por atividade.
Passo 2: Garanta a mínima infraestrutura necessária para atender a todas as demandas, levando em conta as atuais e aquelas que tem potencial de surgir. Se há condições de bom suporte tecnológico, sistemas, equipamentos, máquinas, etc, ok, pode-se pensar em equipes mais enxutas. Do contrário, contrate mão de obra suficiente!
Passo 3: Busque profissionais "multiskills". Sim, pessoas que saibam realizar atividades diversas, tenham formações e experiências em diversas áreas e segmentos, claro que de acordo com o departamento onde irão atuar. Dessa forma, não haverá perda de rendimento ou desgaste, no caso de ausências planejadas ou não. Os colaboradores poderão sair de férias sem problemas e sem necessidade de ficar com celular e notebook ligados "até na praia", assim como nem a liderança e nem a empresa ficarão "reféns" daqueles colaboradores que "sabem tudo o que ninguém mais sabe".
Passo 4: Divida igualmente a carga de trabalho. Isso é muito importante, pois assim evita-se aquela sensação de que "um trabalha mais que o outro". Equipes vencedoras são caracterizadas pelo esforço conjunto, onde todos ajudam a "carregar o piano" em igualdade de condições. Distribuindo o peso, a carga fica mais leve para cada um e, quando um olhar para o lado e ver o parceiro seguindo junto e firme na "missão", a motivação tende a crescer!
Passo 5: Deixe seus profissionais abrirem "suas bagagens" ou "suas caixas de ferramentas"! Uma empresa não contrata apenas um profissional. Ela contrata também sua experiência, seu histórico e tudo o que ele sabe fazer. Deixe ele pelo menos apresentar suas idéias ou sugestões para o gerenciamento das rotinas, melhorias, projetos, etc. Não sabote sua equipe! Aprenda a ser um entusiasta de quem melhora seu "modus operandi". É sinal de que você "acertou a mão" na hora de contratar!
Passo 6: Extraia o que cada um tem de melhor. Pensando como no futebol, nosso time precisa ser solidário, é claro! Todos ora apoiando o ataque, ora ajudando na defesa. Hoje é mais do que normal ver centroavantes "matadores" voltando para salvar o time na defesa. Fora os goleiros artilheiros! Mas identifique a posição onde cada "jogador" rende mais! Atribua as atividades, conforme a capacidade de atuação e habilidades de cada um. No decorrer do "jogo", veremos que é essa postura que vai garantir a vitória!
Passo 7: Seja aquilo que realmente se espera de um líder! Seja um gestor e não um "chefe". Seja justo, observador, participativo, acompanhando de perto o desempenho da equipe. Muitos acreditam que o certo é identificar os melhores, tirar atividades destes e atribuir a outros (ou seja, sobrecarregar outros), para poder permitir que os tais melhores se desenvolvam mais. Mas isso é um erro gravíssimo! Isso é postura de "chefe preguiçoso"! Não há a menor necessidade de fazer isso! Um gestor de verdade deve estar atento a tudo, a cada detalhe. Se há um colaborador que se destaca em seu time, ele pode, de acordo com a política de carreira ou cargos e salários da empresa, dar aumentos, promoções ou mesmo transferir o colaborador de bom desempenho para outros departamentos. Lembrem-se que, além do vertical, existe também o crescimento horizontal, que pode não trazer um ganho financeiro em caráter imediato, mas com certeza proporciona um grande crescimento técnico, intelectual e corporativo. E se os demais solicitarem explicações sobre o fato, aí entra a capacidade do bom líder. Caso realmente tenha observado a equipe no detalhe, a explicação será fácil e bem assimilada. Se não for, ou se houver necessidade de adequação no time, volte ao passo 1 e reinicie o processo. Ser um gestor de VERDADE, requer habilidade, empatia e grande poder de observação e percepção. Como diria Capitão Nascimento do Tropa de Elite: "Quem foi que disse que a vida é fácil?" Ninguém te obrigou a ser gestor! Você se tornou um por 2 motivos: Porque fez por merecer e principalmente porque ACEITOU quando te ofereceram a oportunidade!
Passo 8: Capacite e oriente suas equipes, ou pelo menos incentive de alguma forma. Faça junto quando pertinente, dê dicas, faça reuniões de feedback quando perceber algum "ponto fora da curva". Se você está liderando, é porque com certeza possui conhecimento a ser transmitido. Logo TRANSMITA!!! Junto com o passo 2, a capacitação permite que não haja a menor possibilidade de desculpas dos colaboradores para cobranças por parte da gestão, no caso de algum desvio em relação ao atingimento dos objetivos e metas. Se a organização e as lideranças proporcionaram todo o necessário para a realização do trabalho, não há muito o que contestar.
Passo 9: Cobre com rigor e reconheça com "amor"! Parece "clichê", certo? Mas é bem por aí! Não podemos aliviar nossas equipes, principalmente quando sabemos de seu potencial. Por isso a cobrança deve ser feita sim com rigor e vigor. Entretanto, as conquistas devem ser celebradas, mesmo as pequenas coisas. Veja por exemplo a relação do técnico Jorge Jesus quando treinou o Flamengo. Era normal ver o time dando goleada e o JJ na beira do campo aos berros com os jogadores, cobrando a cada pequena falha que ele detectava. Por outro lado, nunca expôs nenhum de seus atletas, sempre reconheceu o esforço de cada um e, a melhor parte, o carinho que tratava a todos nos bastidores e na saída do campo. Era comum vê-lo dando um beijo "paternal" em seus comandados. Não preciso comentar muito sobre o ano mágico que o Flamengo viveu enquanto o "Mister" esteve por lá, fora os atletas desacreditados que voltaram a jogar bem sob sua gestão. Costumo dizer que se todo mundo soubesse o real valor de um "tapinha nas costas", as relações hierárquicas seriam paradisíacas!
Passo 10: Evite ao máximo as demissões. A demissão é a última das últimas cartadas, quando realmente não há mais absolutamente nada a se fazer. Entretanto, se a liderança seguir TODOS os passos anteriores e, ainda assim, algum membro da equipe não corresponder, mesmo com feedbacks constantes, orientações, oferecimento de ajuda e tudo o mais que couber ser feito, aí, realmente não tem jeito. Tenho como premissa o seguinte pensamento: Ser o mais "legal" possível no decorrer do período, para, caso necessário, ter o direito de ser o "malvado" no final. Um líder, um gestor, não precisa agir como uma máquina fria ou ser desumano. Afinal, é o capital humano que faz as coisas acontecerem. Simplesmente faça todo o esforço possível, siga esse passo a passo na íntegra e tire todo e qualquer peso de sua consciência.
Por fim, uma dica extra: PLANEJE TUDO! Planejamento é a base de tudo! Cada passo que detalhamos aqui tem em suas entrelinhas uma grande necessidade de PLANEJAMENTO! Você não começa bem, não desenvolve bem e não termina bem, se não houver PLANEJAMENTO!
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