Pessoal, já faz algum tempo que venho me encorajando para entrar nesse tema por aqui. Creio que chegou a hora! Só que com reforço de peso!!!!
Na verdade, é uma dica para todos aqueles recrutadores que balizam seus processos seletivos, em função da experiência do candidato APENAS no segmento de atividade da empresa contratante ("mandatória vivência comprovada em carteira no segmento A, B ou C"). Pergunto: Qual será a razão desse tipo de exigência? Ou melhor: Há alguma razão, fora no caso de requisitos legais, para este tipo de exigência? Para esta pergunta especificamente, deixo então como resposta, o trecho do livro Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, do mestre DALE CARNEGIE (45ª edição, página 39 ).
Assim sendo, não farei nenhum comentário a respeito, pois concordo em absoluto com a idéia transmitida. Vamos ao texto:
Um dos primeiros homens da área comercial nos Estados Unidos a receber um salário superior a um milhão de dólares anualmente (numa época em que não havia imposto de renda e em que um indivíduo que recebesse cinquenta dólares semanais era considerado de boa situação) foi Charles Schwab.
Andrew Carnegie escolheu-o para ser o primeiro presidente da recém fundada United States Steel Company, em 1921, quando Schwab contava apenas 38 anos de idade. (Posteriormente Schwab deixou a US Steel e foi dirigir a Bethlehem Steel Company, então em má situação, e dela fez uma das empresas mais bem sucedidas dos Estados Unidos.)
Por que Andrew Carnegie pagava a Schwab mais de 3 mil dólares por dia? Por quê? Por que Schwab era um gênio? Não.
Por que ele conhecia mais sobre a manufatura do aço que outras pessoas? Tolice. Charles Schwab disse-me que tinha muitos homens trabalhando para si que conheciam mais sobre a manufatura do aço que ele. (esse é o trecho capital do artigo!)
Segundo Schwab, a razão de perceber um salário tão elevado era a sua habilidade no tratar com as pessoas. Perguntei-lhe como fazia isto.
Eis o segredo, exposto por suas próprias palavras, palavras que deviam ser gravadas na eternidade do bronze e postas em cada lar e escola, em todas as lojas e em todos os escritórios da terra, palavras que as crianças deviam decorar ao invés de gastar o seu tempo decorando a conjugação dos verbos latinos ou a quantidade das chuvas anuais, palavras, enfim, que transformarão a sua e a minha vida, caso nos resolvamos a segui-las:
“Considero minha habilidade em despertar o entusiasmo entre os homens”, disse Schwab, ‘a maior força que possuo, e o meio mais eficiente para desenvolver o que de melhor há em homem é a apreciação e o encorajamento”.
“Não há meio mais capaz de matar as ambições de um homem do que a crítica dos seus superiores.
Nunca critico quem quer que seja. Acredito no incentivo que se dá a um homem pra trabalhar. Assim, sempre estou ansioso para elogiar, mas repugna-me descobrir faltas.
“Se gosto de alguma coisa, sou sincero na minha aprovação e pródigo no meu elogio.”
Eis o que Schwab fazia.
Vejam que gênio! Mas poderia ter sido deixado de lado, por conhecer pouco sobre aço! Se não é mandatório, se não há uma exigência legal a respeito, por que não contratar um excelente profissional, mesmo vindo de outro segmento? Como diz a canção “Open your eyes, look up to the skies and see...”
Bom, deixo aqui, ops... quero dizer, Dale Carnegie deixa aqui essa reflexão... Grande abraço!
Pessoal, ultimamente tenho visto alguns profissionais de recrutamento e seleção, pontuarem negativamente candidatos por conta de currículos com vivências em vários segmentos, áreas e funções, além de formação acadêmica diversificada. Há relatos sobre eliminações sumárias de processos seletivos, APENAS por conta disso. Dá a sensação de que, na correria, fica mais fácil se ater a tendência de PRESSUPOR (sem uma análise detalhada), que "o perfil não transmite objetividade". Precisamos passar a enxergar esse copo pela metade como meio cheio e buscar interpretar a mensagem positiva que tais currículos podem estar trazendo.
Eu particularmente tenho ressalvas (e muitas!) com esse posicionamento sobre "profissional específico". Sou 100% a favor de profissionais multifuncionais e multidisciplinares. Óbvio que quando conduzo algum processo seletivo, quero ouvir o máximo da especialidade do candidato para aquela função para a qual estou contratando. Porém, é muito bem vindo e, até considero um diferencial, quando recebo currículos de pessoas que atuaram em diversos segmentos, diversas áreas e funções, com formações e cursos variados. Primeiro: são pessoas que considero qualificadas também para cargos superiores, de alta gestão ou mesmo estratégicos. Exatamente por terem familiaridade com departamentos diversos, entendendo suas realidades e facilitando a interação com os mesmos. Segundo que, além disso, em determinadas situações (cobrir férias, ausências, afastamentos, etc), podem servir como os famosos "coringas", mantendo os fluxos sem prejuízos às rotinas e com o mesmo nível dos profissionais substituídos (as vezes até melhores!).
Ah, importante lembrar que também considero um diferencial formação acadêmica diversificada! E por que não? Tal condição multidisciplinar, acaba embasando a prática multifuncional desses valorosos profissionais! Afinal, vejam, por exemplo, que bom seria um gerente geral ou diretor com formação técnica em Química, formação Tecnológica em Gestão Ambiental, graduado em Engenharia de Produção, com Pós Graduações em Engenharia de Segurança do Trabalho, Gestão de Pessoas e Gestão de TI e com MBA's em Gestão de Projetos e Gestão Empresarial. Acho até que diretor é pouco... Claro que dei um exemplo focado praticamente em níveis estratégicos, mas podemos ter profissionais com formações diversificadas e de alta performance, nos níveis gerencial e operacional.
Logo, os "multi", são práticos, econômicos (e não vejam esses termos de modo pejorativo!) e com grande tendência de crescimento na carreira, até porque, pelo fato de atuarem em áreas, funções e segmentos diversos, mostram grande apreço por desafios e enorme facilidade para sair da zona de conforto. Importante refletirmos sobre isso e quebrarmos esse paradigma com os multifuncionais e multidisciplinares.
Observem esse exemplo bem elementar: um time de futebol tem em mãos R$50 milhões para contratar um meio campista armador. Dois estão em avaliação e ambos de alta qualidade e performance. Um deles, é o meio campo clássico, bom armador, faz bons lançamentos, tem boa leitura do jogo e é extremamente habilidoso e objetivo. O outro, além de possuir exatamente essas mesmas características, ainda atua, com grande desenvoltura, habilidade e competência, pelas laterais e no desarme de jogadas. Será necessário perguntar quem seria o contratado? Bom eu já afirmo de imediato que contrataria a segunda opção!!!!
Amigos, se o futebol evoluiu (e continua evoluindo) a tal ponto, por que nós, que convivemos com um mercado de tamanho dinamismo, envolvidos com questões técnicas, tecnológicas, científicas até, não acompanhamos essa “onda” tão positiva?
Já li diversos artigos que pregam o "sair da zona de conforto", "aceitar desafios", "mudar o rumo da carreira" ou o famoso "se reinventar", coisas que tanto admiro e apoio, porém ao mesmo tempo me pergunto: Por que também ainda existem casos de resistência em se aplicar esse pensamento na prática? É tão positivo!
Óbvio que não são todos os casos e, me arrisco a dizer que tratam-se de exceções. Bom, é minha humilde opinião. Em todo caso, FICA A DICA!
Aqueles que acompanham esse blog, com certeza já viram meus artigos da série intitulada Lições de Liderança. Logo, hoje vou contar a origem deste título!
Certa vez trabalhei em uma empresa, onde mais uma vez, graças a Deus, consegui uma grande fidelização de minha equipe. Como costumo dizer, não havia “tempo ruim” para meu pessoal! Poderia contar com eles para o que precisasse!
Mas, as vezes surgem oportunidades que nos colocam em outros caminhos e, acabei saindo de lá para atuar em outra empresa. O que ocorreu a seguir foi que surpreendeu não só a mim, mas a muitas outras pessoas...
Uns seis meses após minha saída, metade de meu antigo departamento já havia pedido demissão. Passado 1 ano, não havia mais nenhum deles trabalhando lá. Parte pediu pra ser desligada enquanto outros, de tão desmotivados, tiveram tamanha queda de rendimento, que acabaram sendo demitidos.
Como sempre deixei bons contatos por onde passei, tomei conhecimento que, por conta desses fatos, muitos problemas aconteceram por lá. Problemas com licenças, produtividade, auditorias, certificações, clientes, órgãos públicos, enfim, ficou uma situação bem complicada em função da inesperada debandada de meu departamento inteiro, após minha saída.
Mas o que mais me chamou a atenção, foi um fato ocorrido em uma reunião gerencial, a qual foi realizada no período de toda essa “tempestade” que caiu sobre aquela empresa. Fato esse que me foi relatado por um dos que estavam presentes na reunião e ficou impressionado com o que viu e ouviu.
O Diretor da empresa, quase ao fim da reunião, após discussões intermináveis sobre quais estratégias seriam adotadas para contornar toda aquela crise, disse, em tom bem severo, o seguinte: “Nós falhamos terrivelmente, quando não percebemos em que o Carlos estava transformando sua equipe! Que sirva de lição para que não se repita!”
Ouvindo isso, meu antigo gerente pediu a palavra e respondeu: “Olha, me desculpe, mas, com todo o respeito, nossa grande falha foi não perceber a grande LIÇÃO DE LIDERANÇA que o Carlos estava tentando nos transmitir”.
Eu havia simplesmente FIDELIZADO a equipe, de modo que juntos, superássemos todas as dificuldades e desafios que surgiam em nossa caminhada. A equipe era extremamente competente e motivada, pois conseguimos excelentes vitórias e resultados e, sem minha constante cobrança! Eram independentes, sim! E como eram!
Não me vanglorio dos problemas ocorridos após minha saída, pois tenho grande respeito por aquela organização. Tenho certeza que diversos fatores podem ter contribuído para as coisas terem tomado esse rumo. Mas, confesso que, também tenho em meu íntimo, a sensação de dever cumprido. De ter deixado uma verdadeira LIÇÃO DE LIDERANÇA!
Claro que preciso explicar a vocês como faço pra fidelizar e motivar minhas equipes. Mas isso é outra história a ser contada... Grande abraço!